Um blogue de viagens, encontros, desencontros e reencontros na VIAGEM que é a vida. "Mais importante que o destino, é a viagem."

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Egipto



Seguimos numa viagem organizada, mas os tempos livres concedidos permitiram aventurarmo-nos de táxi pelas movimentadas ruas do Cairo e visitar, por exemplo, a Mesquita de Alabastro, que oferece vistas generosas da cidade.




Mesquita de Alabastro

Visitámos o Museu do Cairo, com um espólio excepcional de história faraónica, uma casa de papiro e os souks de Khan El Khalili, um original mercado oriental, cuja história remonta ao século XIV.

E, claro está, visita obrigatória ao planalto de Gizé, símbolo do Antigo Egipto com as suas 3 pirâmides: Kheops (a maior, construída no ano de 2690 a.C, uma das 7 Maravilhas do Mundo), Kephren e Mykerinos, guardadas pela célebre Esfinge com corpo de leão e rosto de faraó.

E enquanto o grupo, à noite, preferiu ficar no aconchego do hotel, meti-me num táxi e regressei ao planalto para assistir a um espectáculo de luz e som em frente à esfinge e às pirâmides.

Voo com destino a Luxor e visita ao Vale dos Reis e das Rainhas e Colossos de Memnon, na margem ocidental.

Colossos de Memnon

Na margem oriental, visita ao magnífico Templo de Karnak onde regressámos mais tarde para assistir a um espectáculo de luzes sobre os templos e o lago, passando assim uma noite de Natal diferente. Isto em 2007.


Já instaladas no barco, iniciámos a navegação Nilo acima a partir de Luxor.

Felizmente (para os meus parâmetros), o cruzeiro em que se alojou todo o restante grupo ficou sobrelotado, o que nos deu a possibilidade de ficar num outro muito mais pacato.


Ideal para apreciar, ler, conversar, ouvir música, meditar...


... contemplar, silenciar....


... relaxar e experimentar outras actividades...


Esna

Os barcos alinhados esperam a passagem nas comportas de Esna, facto que permite aos vendedores locais abeirarem-se dos navios com os seus produtos, em pequenas lanchas.




Retomamos o Cruzeiro no Nilo no dia seguinte.


Edfu

Em Edfu visita ao templo, morada do deus Hórus. Continuação da navegação para Kom Ombo onde visitámos o templo dedicado a Sobek, o deus-crocodilo e a Haroéris.


Kom Ombo

Chegada a Assuão e visita ao Templo de Philae, dedicado à deusa Ísis. Construído na época ptolomaica, o complexo foi desmontado e mudado para a Ilha de Agilkia, por intervenção da UNESCO, sendo assim salvo das águas da barragem de Assuão.


Templo de Philae; mercado de Assuão

De madrugada, viajámos de autocarro para Abu Simbel para visitar os famosos templos talhados na rocha. Daí regressámos de avião a Assuão e novamente ao Cairo.

Abu Simbel é um complexo arqueológico constituído por dois grandes templos escavados na rocha, situados no sul do Egipto, perto da fronteira com o Sudão, numa região denominada Núbia. Os templos foram mandados construir pelo faraó Ramsés II em homenagem a si próprio e à sua esposa preferida, Nefertari. O Grande templo de Abu Simbel é um dos mais bem conservados de todo o Egipto.

No entanto, este não é o seu local de construção original. O complexo foi transladado durante a década de 1960, com a ajuda da UNESCO, para não ficar submerso devido à construção da barragem de Assuão e do consequente aumento do caudal do rio Nilo.
Quando a barragem foi concluída, em 1970, muitas aldeias Núbias ficaram submersas sob as águas do lago de retenção, ao qual foi dado o nome de Lago Nasser.

sábado, 22 de agosto de 2009

Tunísia

Voo directo para a Ilha de Djerba onde nos hospedámos num hotel de 5 estrelas. O tempo esteve excepcionalmente mais frio e das belas praias e piscinas pouco usufruímos ao contrário das massagens e do spa. Foi em Dezembro de 2003, pelo Natal.

Alugámos um táxi para percorrer esta ilha cheia de história situada no sudeste da Tunísia, no Golfo de Gabès.

Forte Borj el Kebir

O porto de pesca e os flamingos

Djerba foi fenícia, cartaginesa e romana. A sua população é de origem berbere, os árabes chegaram no século VI e a ilha conta ainda com uma das mais antigas comunidades judaicas do mundo. No século XV foi refúgio de piratas, e no século XIX chegou a colonização francesa.

Houmt Souk é a capital da ilha com numerosas esplanadas, ruelas estreitas, cheias de joalharia e outras tentações. Nos animados mercados compramos tâmaras, azeitonas, laranjas, especiarias, cestaria e apreciamos os trajes típicos, como os chapéus de palha e os grandes xailes brancos debruados a vermelho das mulheres da ilha. A população é simpática e hospitaleira para com os turistas.

Guellalah, um povoado de cerâmica e olaria; museu

A sinagoga judaica El Ghriba, em Er Riadh, é uma das mais antigas do mundo, restaurada depois de um atentado há alguns anos. O interior, num estilo mourisco e minucioso, está cheio de mosaicos azuis e arcadas.

Zarzis

Depois alugámos um carro para sair da ilha e visitar várias localidades. A Ilha de Djerba está ligada ao continente africano por uma ponte e por ferry.

Ben Gardene; na fronteira com a Líbia

Tataouine, paprika

Chenini é uma comunidade berbere situada num planalto, entre dois picos de montanha. É um dos vários Ksour da região, os castelos do deserto, que para além de fortificação militar serviam de celeiro à população.

Ksar Haddada

Estas ‘ghorfas’ são celeiros de um piso, construções abobadadas com contrafortes sustentando as paredes, típicas da arquitectura berbere. Este foi um dos locais que serviu como cenário no filme Guerra das Estrelas, de George Lucas.

Matmata é uma típica aldeia berbere no sul da Tunísia com moradores a viver em estruturas trogloditas típicas criadas a partir de um buraco grande cavado no chão. Ao redor do perímetro do poço grutas artificiais são, então, escavadas para serem utilizadas como quartos. Algumas destas construções foram convertidas em hotéis.

Fizemos ainda um tour para ver o deserto, o lago salgado e os oásis.

Douz, Zaafrane

Douz é uma vila tunisina às portas do Deserto onde temos a possibilidade de passear na imensidão das dunas, bamboleando sobre um dromedário puxado por um beduíno. O Sahara a perder de vista.

Chott el Jerid é um grande lago salgado de cerca de 4920 km² de área e a 16 metros abaixo do nível do mar, situado no Centro-Oeste da Tunísia. Segundo a lenda, é o lugar natal da deusa grega Atena.

Tozeur, Nefta

Tozeur, a noroeste do lago, é uma cidade e um enorme oásis com centenas de milhar de palmeiras. As suas tâmaras são famosas. Era um local de paragem importante para as caravanas que antigamente atravessavam o Sahara.
Nefta é considerado o lar espiritual do sufismo, um ramo místico do Islão, e é também um bom local para comprar as ‘rosas do deserto', formações cristalinas de rocha
em forma de flor.

Chebika

Chebika é um mini paraíso verdejante onde se encontra uma bonita cascata. Subindo o pequeno desfiladeiro da vila podemos apreciar as vistas magníficas sobre os palmeirais, no meio de uma zona estéril.

Tamerza é outro oásis de montanha no oeste montanhoso da Tunísia. Fica nas montanhas do Atlas, bem perto da fronteira com a Argélia. A beleza e o exotismo das paisagens destacam-se.